"Lá bem no alto do décimo segundo andar do Ano
Vive uma louca chamada Esperança
E ela pensa que quando todas as sirenas
Todas as buzinas
Todos os reco-recos tocarem
Atira-se
E
— ó delicioso vôo!
Ela será encontrada miraculosamente incólume na calçada,
Outra vez criança...
E em torno dela indagará o povo:
— Como é teu nome, meninazinha de olhos verdes?
E ela lhes dirá
(É preciso dizer-lhes tudo de novo!)
Ela lhes dirá bem devagarinho, para que não esqueçam:
— O meu nome é ES-PE-RAN-ÇA... "
Vive uma louca chamada Esperança
E ela pensa que quando todas as sirenas
Todas as buzinas
Todos os reco-recos tocarem
Atira-se
E
— ó delicioso vôo!
Ela será encontrada miraculosamente incólume na calçada,
Outra vez criança...
E em torno dela indagará o povo:
— Como é teu nome, meninazinha de olhos verdes?
E ela lhes dirá
(É preciso dizer-lhes tudo de novo!)
Ela lhes dirá bem devagarinho, para que não esqueçam:
— O meu nome é ES-PE-RAN-ÇA... "
(Quintana)
Braços estendidos se abrirão para ela,
tocarão seu rostinho,
e com ternura a acolherão.
Numa casa onde o dinheiro é curto,
a solidão é grande
e a tristeza teima em querer entrar,
agora a menina Esperança mora.
E ri da falta de dinheiro,
das dores e até mesmo da tristeza, grande boba!
Podem pensar que a menina é uma louca...
E louca também é a que a acolheu.
'Como rir de tamanha desventura?'
A pergunta chega à boca de quem conhece a nova família.
E a menina responde:
'Como não rir, diante do amor que recebeu a esperança?'
A solidão?
Essa perdeu o tamanho
foi diminuindo, diminuindo...
enquanto a menina crescia.
Um comentário:
Tempo pra curar e esperança pra renovar: combinação perfeita.
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