sexta-feira, 7 de março de 2008

QUAL É O MAIOR DESAFIO NA HORA DE AMAR?


QUAL É O MAIOR DESAFIO NA HORA DE AMAR?

Conviver com alguém que amamos é o mesmo que comprar um imenso espelho da alma, no qual, cada um de nossos movimentos é mostrado, sem a mínima piedade.

Muita gente está assustada com a possibilidade de se envolver e perder a liberdade conquistada. De um lado as mulheres buscam homens mais compreensivos, de outro, os homens querem mulheres menos possessivas.

O fato é que, se queremos viver um relacionamento gostoso, porém verdadeiro, seja no casamento, namoro, ou em poucas horas, devemos aprender a nos aceitar como somos e olhar para o companheiro como um caminho para o crescimento. Estar com alguém plenamente, é a possibilidade de vencer o medo da entrega e de se conhecer no íntimo.

Conviver com alguém que amamos é o mesmo que comprar um imenso espelho da alma, no qual, cada um de nossos movimentos é mostrado, sem a mínima piedade. E, é aí que começa o inferno... Ao invés de encarar a verdade e de ver a imagem temida do verdadeiro "eu", tenta-se quebrar o "espelho". Como? Fugindo da intimidade, culpando o outro, não assumindo as próprias responsabilidades e desacreditando o amor.

Viver com quem se ama não é apenas uma oportunidade de conhecer o outro, mas é a maior chance de entrar em contato consigo mesmo. Apenas quando nos vemos, é que percebemos o medo de nós mesmos e nos aceitamos como realmente somos. Começamos então a nos capacitar para o amor.

O único jeito de amar é buscando a sinceridade. Infelizmente, com o passar dos anos, o amor tem sido muito mais estratégico do que espontâneo. Nas revistas femininas via-se muito esse tipo de atitude: "Se ele fizer isso, faça aquilo", o que foi minando a espontaneidade do amor. Nós temos que redescobrir a forma de amar, a naturalidade do relacionamento amoroso.

As pessoas precisam ter interesse genuíno no outro.

Todas as maneiras de amar devem ser naturais. Quem fica estudando demais o outro, "mata" a possibilidade de amar alguém.

O mundo é feito de absurdos e encontros; os absurdos fazem parte, porém, devemos entender que é possível ser feliz, acreditando dia-a-dia na naturalidade dos sentimentos.

Um dia, perguntaram a um grande mestre quem o havia ajudado a atingir a iluminação; e ele respondeu: "Um cachorro". Os discípulos surpresos quiseram saber o que havia acontecido.

O mestre contou: "Certa vez, eu estava olhando um cachorro, que parecia sedento e se dirigia a uma poça dágua. Quando ele foi beber, viu sua imagem refletida. O cachorro fez cara de assustado e a imagem o imitou. Ele fez cara de bravo e a imagem o arremedou. Então, ele fugiu de medo e ficou observando, durante longo tempo, a água.

Quando a sede aumentou, ele voltou, repetiu todo o ritual e fugiu novamente. Em um dado momento, a sede era tanta, que o cachorro não resistiu e correu em direção à água, atirou-se nela e saciou sua sede.

Desde então, percebi que, sempre que eu me aproximava de alguém, via minha imagem refletida, fazia cara de bravo e fugia assustado. E ficava, de longe, sonhando com esse relacionamento que eu queria para mim. Esse cachorro me ensinou que eu precisava entrar em contato com minha sede e mergulhar no amor, sem me assustar com imagens que eu ficava projetando nos outros". Esse é o ingrediente básico para o amor, o autoconhecimento. Projetar nossos desejos ou nossas "fobias" no outro, apenas causa uma relação de dependência com o desenvolvimento do ciúme ou competição.

Roberto Shinyashiki



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2 comentários:

Andrea disse...

Oi Fabiano!!

Conheço este texto rs,rs,rs..É bem bacana não acha? Tinha colocado só um trecho pq era muito grande, mas pelo jeito vc gostou mesmo. Fico feliz.
Bjs, bom final de semana.

Braz Jr disse...

Ótimo texto, Fabiano! Que bom seria se os fracos, medrosos e blindados de sentimentos pudessem ler, pensar e praticar alguma de suas palavras.
parabéns pela escolha!
Abraço